Venha fazer uma parceria de sucesso!
Reforma Tributária: como preparar a sua empresa para a nova realidade fiscal
01/04/2025
Gazz Conecta
A tão esperada Reforma Tributária chegou ao Brasil com promessas de simplificação, mas também trará desafios para as empresas, que precisam se preparar para um novo cenário fiscal. A unificação de tributos federais, estaduais e municipais está no centro dessa mudança, que se desenrolará até 2032. Com uma transição gradual, que começa em 2026, os impactos podem ser significativos, principalmente no que diz respeito à forma de apuração dos impostos, necessidade de revisão de contratos e adaptações nos processos internos das empresas.
Com o objetivo de simplificar a estrutura tributária brasileira, substituindo tributos como o PIS, Cofins, ICMS e ISS pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a mudança promete facilitar a gestão tributária na avaliação de Ricardo Urso, sócio-fundador da Urso Consultoria Empresarial e da Urso Capital, mas exigirá que as empresas realizem ajustes importantes. "O grande objetivo é acabar com a complexidade dos tributos interestaduais e municipais, o que tende a simplificar o dia a dia dos negócios", explica.
A reforma vem aí, e agora?
Para se adaptarem à reforma tributária, as empresas devem tomar algumas medidas essenciais. A primeira delas é realizar um mapeamento completo do impacto tributário na operação. Isso envolve a compreensão de como os novos tributos afetarão a tributação das atividades da empresa e a adequação dos processos internos.
Ricardo Urso destaca a importância de revisar contratos com clientes e fornecedores, que precisarão ser ajustados para refletir a nova estrutura tributária. "Contratos de prestação de serviços e a formação de preços terão que ser revistos para garantir que a carga tributária seja compatível", afirma.
Outro ponto que merece atenção por parte dos empreendedores é a revisão dos sistemas de contabilidade. Antonio Urso, também sócio-fundador da Urso Consultoria, ressalta que as empresas terão de apurar os impostos pelo método antigo até 2026, mas, a partir daí, a transição para o novo modelo será gradual. "É essencial que as empresas comecem agora a comparar o custo tributário atual com o futuro, para identificar ajustes necessários e garantir que não pagarão mais do que o necessário", recomenda.
Transição gradual e oportunidades
A transição para o novo sistema ocorrerá de forma gradual: em 2026, começa a cobrança parcial do novo imposto; de 2027 a 2029, haverá taxas progressivas; e, em 2032, a reforma será totalmente implementada. Durante esse período, muitas empresas terão identificado erros tributários anteriores, o que representa uma oportunidade para corrigir processos e recuperar créditos na avaliação de Ricardo Urso. Segundo ele, devido à complexidade do sistema atual, muitas empresas cometem erros na tributação, pagando impostos indevidos.
Ricardo também destaca que o contador desempenhará um papel fundamental durante essa transição. "É crucial contar com profissionais que compreendam as mudanças e saibam como implementar as adequações necessárias", ressalta. Para o especialista, essa figura será o principal vetor de informação e de orientação na fase de transição para a nova realidade fiscal, ajudando a empresa a entender os detalhes da reforma e a aplicar as alterações de forma eficiente.
Além disso, é importante que as empresas comecem a se familiarizar com as novas regras o quanto antes. "Embora ela tenha um período de transição longo, é fundamental que as empresas se antecipem e se preparem para os ajustes", conclui António Urso.
Oportunidades no processo
Por fim, a reforma tributária não deve ser vista apenas como um desafio, mas também como uma oportunidade de simplificar processos e aumentar a eficiência operacional. A mudança tem o potencial de reduzir custos e melhorar a competitividade das empresas ao oferecer um sistema mais claro e menos burocrático, diz Ricardo. Com o devido planejamento, as empresas poderão se adaptar a essas novas regras sem grandes sustos, aproveitando os benefícios fiscais que são esperados com a unificação tributária.